Rostos da Resistência – Mulheres Judias Rebeldes durante o Holocausto
Ainda que ela não fosse a única mulher que estudava no Instituto Superior de Estudos Judaicos, instituição de Judaísmo Liberal de Berlim, Regina Jonas era a única que desejava ser ordenada Rabina, algo que, à época, ainda não era uma prática. Em 27 de dezembro de 1935, Regina Jonas recebeu sua semichá (ordenação rabínica) das mãos do Rabino Dr. Dienemann, de Offenbach, que dirigia a Associação de Rabino Liberais da Alemanha. Em novembro de 1942, Regina e sua mãe foram mandadas para Theresienstadt. Lá ela continuou a servir como guia espiritual. Após dois anos de trabalho intensivo em Theresienstadt, ela foi enviada para Auschwitz onde foi morta aos 42 anos de idade.
“Se eu tiver que confessar o que me motivou, a mim, uma mulher, a me tornar rabina, duas coisas me vêm à mente. Minha crença num chamado Divino e meu amor pelos seres humanos. D’us plantou em nossos corações uma vocação e aptidões sem nos perguntar sobre gênero.
Portanto, é um igual dever nosso, de homens e mulheres, trabalhar e criar segundo as aptidões que D’us nos deu”.
Regina Jonas, C.V. Zeitung, 23 de junho de 1938.