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Rostos da Resistência – Mulheres Judias Rebeldes durante o Holocausto

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Esther (Etty) Hillesum (1914 – 1943)

Etty Hillesum cresceu na Holanda em uma família judaica assimilada. Em julho de 1942, voluntariamente Etty juntou-se ao campo de trânsito de Westerbork, onde a mandaram trabalhar no departamento de assistência do campo. Em setembro de 1943 ela foi deportada, juntamente com seus pais e irmão, para Auschwitz, onde foi assassinada. Etty deixou um diário no qual documentou sua vida e os eventos daquele período.

 

“A Europa inteira ficaria repleta de experiências amargas, do mesmo tipo. A história que contamos uns aos outros sobre a verdade, em toda a sua crueza, as famílias separadas, as propriedades e as liberdades perdidas seriam um relato monótono. É impossível contar histórias coloridas para quem estava do lado de fora.  Pergunto-me se sobrarão muitos se a história continuar, ainda por muito tempo, nesse caminho que vem percorrendo [...]. Se salvarmos dos campos, onde quer que estejam, apenas os nossos corpos, teremos salvado muito pouco, porque o problema não é se a pessoa salva sua vida a qualquer custo, mas sim “como” salvará sua vida [...].  De fato, as coisas não são nada simples, e talvez para nós, judeus, sejam ainda menos simples do que para os demais. E, ainda assim, se não pudermos oferecer ao mundo empobrecido, após a Guerra, nada além de nossos próprios corpos sobreviventes – a qualquer preço – e não um novo significado que provenha das profundezas de nosso sofrimento e desespero, será muito pouco [...]. Uma nova compreensão precisa espalhar uma nova luz sobre nosso arame farpado e se mesclar com as novas ideias que terão que ser adquiridas por aqueles que ficarem de fora”.

  • Trecho das cartas de Etty no campo de trânsito de Westerbork, dezembro de 1942

Frieda Belinfante, left, and Henriëtte Hilda Bosmans

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